19 de fevereiro de 2010

Orgulho (parte I)

Pride is an admission of weakness; it secretly fears all competition and dreads all rivals. (Fulton J. Sheen)
Um dos significados do orgulho é traiçoeiro e enganador. Não há consequência nenhuma do orgulho nas características que não podemos mudar ou que não controlamos totalmente - provavelmente não há quem se orgulhe dos problemas congénitos no coração ou da esquizofrenia. Ter orgulho em ser caucasiano, na cor dos olhos ou na nossa religião não faz sentido para mim. O orgulho irracional em relação a algo que nos foi atribuído aleatoriamente não é algo de que queira fazer parte. 
Tive sorte em ter nascido numa época em que podia votar, casar-me e viver livremente, num local do planeta que me reconhecia esses direitos. Orgulhar-me-ei se contribuir com algo palpável para o meu país, o meu continente, o meu planeta.


A man may and ought to pride himself more on his will than on his talent. (Honoré de Balzac)
O outro significado do orgulho centra-se nas acções: os projectos em que participamos, que podemos criar, alterar, ajudar, correspondendo e ultrapassando as nossas capacidades. Orgulho-me das relações que ajudei a criar e manter com as pessoas importantes para mim. Orgulho-me dos meus feitos e nos dos que amo, nas vitórias e desafios alcançados, por pequenos que sejam. Do trabalho, do esforço, do prazer na aprendizagem - aliás, a minha apresentação facebookiana é precisamente essa: serei para sempre uma aprendiz. Foi por isso que vim para ciência, para aprender um pouco mais cada dia, para me fascinar com o conhecimento partilhado entre todos.

De que se orgulham vocês?



Sem comentários:

Enviar um comentário

Algo a acrescentar? Go right ahead!